sábado, 12 de janeiro de 2013

Frida Khalo in Vogue Mexico

 
 Olá! A revista Vogue México de Novembro do ano passado prestou uma justa homenagem à pintora mexicana Frida Khalo. A imagem de capa é de 1939 da autoria do fotógrafo Nickolas Muray. Após 60 anos da sua morte a Vogue patrocinou uma exposição com os vestidos, joias e objectos da artista no museu da "casa azul", onde Frida viveu e morreu. Segundo um artigo do jornal "El País", Diego Riviera, o marido de Frida exigiu que os pertences do casal ficassem guardados por 15 anos e assim aconteceu. Só em 2004 os objectos trancados no quarto de Frida vieram a público. Segundos os entendidos, os vestido que usava, típicamente mexicanos, pretendiam não só demonstrar o amor convicto que tinha pela pátria mas também ocultar uma deficiência causada pela poliomielite aos 6 anos de idade e por um acidente muito grave que ocorreu aos 18 anos.

 

Vejam a reportagem no canal de televisão mexicano "Milenio" referente à exposição


Frida Kahlo (1907-1954) nasceu e morreu aos 47 anos em Coyoacan, arredores da Cidade do México. Em 1913, com 6 anos de idade, Frida contraiu poliomielite, o que lhe condicionou a vida. Aos 18 anos foi vítima de um grave acidente. Um barra de ferro perfurou-lhe as costas e a zona pélvica, o que a levou a ficar muitos meses entre a vida e a morte. Durante a sua longa convalescênça começou a pintar. Com 22 anos casa-se com Diego da Riviera e vive um casamento conturbado. Diego tinha várias amantes e Frida respondia com relações bissexuais intensas. A irmã mais nova de Frida teve seis filhos de Diego e esta nunca o perdoou por isso. Ao longo do casamento engravidou mais de uma vez, mas nunca conseguiu ter filhos, o acidente perfurou-lhe a vagina e o útero. Morreu em 1954 vítima de uma embolia pulmonar. A hipótese de que tenha morrido de overdose causada pelo excesso de medicação nunca chegou a ser descartada.

Esta obra da pintora retrata a própria no momento em que ocorre a perda do filho. Os objectos do ar e do chão são os símbolos da sua impossibilidade de ser mãe. A flôr murcha representa o fim da vitalidade, o caracol representa nas culturas indígenas a fertilidade. O objecto cinzento é um esterlizador a vapor, usado nos hospitais, provavelmente associado ao seu útero também ele estéril.

 

 Magdalena Carmen Frida Kahlo e Calderon, uma das grandes pintoras do século,  marcou a história do México. As suas obras  são maioritariamente auto-retratos que mostram o sofrimento intenso da artista. 

Uma justa homenagem, uma edição para guardar

Até já

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